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Há coisas, porque também as vivemos, que nunca mais iremos esquecer. Refiro-me ao Dia de Todos os Santos e à tradição, já completamente desaparecida, de ir pedir o santoro.
Pela manhã, a garotada, e não só, em grupos, equipados com uma daquelas bolsas de pano que se usavam antigamente, percorriam a aldeia, batendo de porta em porta, mas preferindo sempre as dos mais ricos ou remediados, e quando alguém lhes acudia gritavam: “Dê-nos lá um santorinho”.
De um modo geral recebiam algumas peças de fruta, figos secos, castanhas, uns rebuçaditos e ás vezes uns tostões. Era uma alegria e no final dividiam entre si, tudo o que tinham recolhido.
Pela manhã, a garotada, e não só, em grupos, equipados com uma daquelas bolsas de pano que se usavam antigamente, percorriam a aldeia, batendo de porta em porta, mas preferindo sempre as dos mais ricos ou remediados, e quando alguém lhes acudia gritavam: “Dê-nos lá um santorinho”.
De um modo geral recebiam algumas peças de fruta, figos secos, castanhas, uns rebuçaditos e ás vezes uns tostões. Era uma alegria e no final dividiam entre si, tudo o que tinham recolhido.
Algumas casas abastadas, como por exemplo a casa Vaz Preto, preparavam expressamente para esse dia uma cozedura de pão, que depois distribuíam por todos aqueles que lá iam pedir.
Era também o dia de pedir a benção ao padrinho. Para isso o afilhado abeirando-se do padrinho, dizia: “A sua benção meu padrinho”. O padrinho esticando a mão direita, que o afilhado beijava com muito respeito, respondia-lhe: “Deus te abençoe”. Era a vez do afilhado esticar a mão e receber do padrinho o seu santoro, que consistia numa moedita e nalguns casos mais felizes numa notita que iriam ser arrecadados no mealheiro ou gastos de imediato em rebuçados e pirolitos.
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Pedir o santoro... ai que saudades de correr as ruas da aldeia :)
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